Título: A cruel pedagogia do vírus
Autor: Boaventura de Sousa Santos
Editora: Boitempo
Gênero: Política / Filosofia / Sociologia / Ciências Sociais
Páginas: 50
Ano de Lançamento: 18 abril de 2020
Nota Skoob: 4.3
Sinopse:
A cruel pedagogia do vírus, ensaio do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, novo volume da coleção Pandemia Capital, disponível exclusivamente em e-book, é uma didática argumentação sobre os desdobramentos da pandemia do coronavírus à luz da situação econômica e política dos últimos anos.
Na obra, o autor reflete sobre as súbitas mudanças de hábitos impostas em todo o planeta, como o tempo dispensado aos filhos, a diminuição da poluição nas grandes cidades e a redução do consumo desenfreado. Segundo ele: "Mostra-se que só não há alternativas porque o sistema político democrático foi levado a deixar de discutir as alternativas".
Boaventura faz uma importante menção aos grupos mais afetados pela crise ao redor do mundo e acredita ao capitalismo enquanto modelo social nossa inabilidade de fazer frente a ela: "Só com uma nova articulação entre os processos políticos e os processos civilizatórios será possível começar a pensar uma sociedade em que a humanidade assuma uma posição mais humilde no planeta que habita".
Pandemia Capital é uma série especial obras curtas, objetivas e com preços acessíveis que aborda a crise atual do novo coronavírus e suas implicações na sociedade, na psicologia e na economia.
Esse livro faz uma abordagem bem clara de contextualização de todo o contexto que
vivemos em 2020 e que ainda estamos envolvidos, não só um olhar de análise para a
pandemia em si mas também para as suas consequências tanto na vida em sociedade
como voltada para o meio ambiente.
Ele inicia o livro pontuando problemas estruturais que já enfrentávamos antes de se
instaurar o estado pandêmico, o que só trouxe um agravamento maior da situação que já
tinha para todos os problemas recaírem sobre o novo problema tentando apagar os
problemas já existentes antes.
Teve muitos dados do livro que eu desconhecia como a situação do Mória o campo de
concentração de refugiados da Grécia, mas esses e outros são tipos de conteúdo que
jamais se irá encontrar na mídia comum só estando presentes em conteúdos mais densos.
É também nos levado a pensar ao longo da obra pra quem é a pandemia citando vários
grupos excluídos ou que poucos pensam como é enfrentar essa situação estando no lugar
deles como moradores de rua, mulheres, trabalhadores informais, as pessoas que
trabalham na rua, as pessoas que moram nas periferias, pessoas com deficiências e
internos de campos de refugiados ele separa partes do livro para falar sobre cada um
desses grupos.
E também não é levantado somente o lado ruim mas sim que em função da pandemia
caiu os níveis de poluição e isso nos leva a pensar que os seres humanos são uma das
principais malefícios para a causa dessas e de outras pandemias que virão se não
desenvolverem a consciência de tratar o nosso planeta com o mesmo carinho de um lar.
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