Título: A revolução dos bichos
Autora: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Clássicos da Literatura / Ficção
Páginas: 152
Ano de Lançamento: 17 agosto de 1945
Nota Skoob: 4.4
Sinopse:
Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século XX, A revolução dos bichos é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos.
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto. Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo. "A melhor sátira já escrita sobre a face negra da história moderna." Malcolm Bradbury "Um livro para todos os tipos de leitor, seu brilho ainda intacto depois de sessenta anos." Ruth Rendell
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto. Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo. "A melhor sátira já escrita sobre a face negra da história moderna." Malcolm Bradbury "Um livro para todos os tipos de leitor, seu brilho ainda intacto depois de sessenta anos." Ruth Rendell
Um clássico da literatura mundial e ao mesmo tempo leitura obrigatória para quem
busca refletir sobre o passado e presente do mundo que vivemos.
Em A revolução dos bichos vamos nos deparar com o dia à dia dos animais da Fazenda
Solar que inconformados com a vida que levam de exploração pelos humanos em especial
pelo dono da fazenda Sr. Jones vão se organizar para a criação de uma revolução em que
os humanos serão excluídos e o sonho da vida justa com liberdade, comida a vontade
para todos dentre outras regalias se torne realidade ou pelo menos era isso que eles
esperavam até os porcos tomarem as rédeas da situação e criarem um sistema não
muito diferente do que os humanos já vinham fazendo.
Acho que essa história acaba sendo marcada por dois momentos um inicial em que as
ideias dos animais se assemelham muito a de movimentos como veganismo em que
os animais são tratados de forma injusta explorados pelos humanos e questões como
liberdade vem a tona como a solução. Mas num segundo momento quando esse sonho
de liberdade deixa de ser uma utopia e se torna realidade tudo muda completamente de
figura quando o autor nos coloca diante de fatos históricos que é uma sátira e ao mesmo
tempo uma crítica direta a liderança e ao autoritarismo de Stalin na Segunda Guerra
Mundial, colocados aqui na figura de um porco Napoleão não mede esforços para mostrar
quem manda na fazenda mantendo os outros animais submissos a ele por intermédio do
medo, manipulação, mentiras, sonhos distorcidos, escravidão uma história que faz parte
do passado e se repete no presente e queremos acreditar que não esteja no futuro.
Questões a nível de curiosidade não sabia que George Orwell se tratasse de um
pseudônimo, Eric Arthur Blair é seu nome real e tudo isso numa espécie de estratégia
para poder falar abertamente sem ser perseguido de questões polêmicas da época.
Em Janeiro de 2021 esta e outras obras do autor entraram em domínio público por isso
que do ano passado para cá temos visto cada vez mais edições de suas obras uma mais
linda que a outra, e sem dúvida não há forma melhor de celebrar esse marco do que
lendo.
A revolução dos bichos foi o meu primeiro contato com a escrita dele, amei a experiência
e já estou com vários outros títulos dele na lista de próximas leituras.
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