Título: Éramos seis
Autora: Maria José Dupré
Editora: Ática (Série Vaga-Lume)
Gênero: Literatura Infanto - Juvenil / Drama
Páginas: 256
Ano de Lançamento: 1943
Nota Skoob: 4.1
Sinopse:
Esse romance se passa na capital paulista, entre as décadas de 1910 e 1940. Nele, a saudosa D. Lola relata o dia a dia vivido ao lado do marido e de seus quatro filhos. Aos poucos, o leitor se vê envolvido pelas alegrias, dramas e adversidades da família Lemos e faz uma viagem pela São Paulo do início do século XX, marcada pelas revoluções de 1924 e 1932.
Não sei se já havia comentado por aqui que desde o ano passado estou com uma meta de
ler a coleção Vaga-Lume para trazer as resenhas para cá e refletir sobre as histórias além
de ser uma coleção que sem dúvida é um clássico na nossa literatura brasileira cada
história traz uma abordagem diferente além de ter sido uma das formas que muitos
escritores se lançaram ao mundo da escrita e se tornaram conhecidos.
Essa autora que venho falar de mais um livro dela por aqui pois temos a resenha de "A Ilha
Perdida" que também faz parte da coleção Vaga-Lume, tem ganhado cada dia mais meu
coração com suas histórias e o seu jeito de escrever e de construir seus personagens além
de trazer um pouco em cada uma de suas histórias de aspectos da história tanto de uma
São Paulo capital como do interior.
Em "A Ilha Perdida" tínhamos uma história mais jovem com muitas pitadas de aventura, já
aqui temos representados vários aspectos da família numa história mais voltada para o
público adulto, mesmo que ela seja um título da Coleção Vaga-Lume que é infanto-juvenil.
Nesse livro Éramos Seis são abordados várias problemáticas da família brasileira que
mesmo que a história de passa entre o século 10, 20 as dificuldades são as mesmas na
atualidade.
A figura da D. Lola matriarca da família que carrega com bravura o fato de ser mãe de
quatro filhos, esposa, administrar uma casa e sofrer em cada processo ou dificuldade.
Júlio seu marido uma pessoa quase sempre amargurada e agressiva com as dificuldades e
pobrezas da vida acaba descontando nos filhos e na esposa suas mágoas de uma vida
difícil.
Os filhos que cada um adentra a vida adulta com uma personalidade distinta Carlos o mais
velho dos quatro é aquele exemplo de filho que os pais tem orgulho e veem um futuro
promissor para ele, por outro lado temos Alfredo com um temperamento super difícil de
lidar que sempre foi a causa de incompreensão dessa família pela sua agressividade e sua
falta de interesse pelos estudos, falando do último homem da casa temos Julinho que
também é um ótimo filho mais voltado para o comércio e o dinheiro e por fim a única
mulher Isabel que apesar de ser mulher ela tem uma personalidade totalmente avessa a de
sua mãe, muito vaidosa e destemida a fazer as suas próprias escolhas ao contrário da mãe
que é uma mulher mais submissa e conformada com o que o destino lhe reservou.
Além do livro esse grande clássico teve espaço na televisão com novelas que fizeram a
releitura dessa história, creio que a edição que cheguei a acompanhar algumas partes foi a
edição do SBT de 1994, mas independente da edição essas por sua vez são muito
diferentes da história em si muito foi acrescentado ou até mesmo modificado.
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