Título: Sejamos todos feministas
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Literatura / Ficção / Ciências Sociais / Política
Páginas: 64
Ano de Lançamento: 18 fevereiro de 2015
Nota Skoob: 4.6
Sinopse:
O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo.
"A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."
Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. "Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!". Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e - em reposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são "anti-africanas", que odeiam homens e maquiagem - começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens".
Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.
A narrativa levanta de uma maneira bem clara a forma com que a mulher foi e é tratada
pela sociedade onde os direitos são somente para os homens e as mulheres são deixadas
em segundo plano, ou mesmo sendo colocadas numa posição inferior, mesmo que elas
sejam bem mais sobrecarregadas de tarefas que os homens se formos levar em conta que
a mulher do século XXI além de ela ter uma jornada de trabalho fora de casa ela ainda tem
outra quando chega em casa que se destina a filhos, casa, marido e nada disso é
valorizado ou levado em conta.
Claro que hoje em dia muitas coisas mudaram, já se vê muitas mulheres em cargos de
chefia mas isso ainda não é uma maioria, no livro mesmo é citado que quanto mais a
mulher sobe de carreira mais ela se vê sozinha com somente homens ao redor.
Outro ponto que é abordado no livro a mulher não tem a liberdade de personalidade de
vestir o que ela quer, ser feminina no seu jeito de ser por que quanto mais feminina ela for
mais ela vai ser desrespeita, desacreditada e numa posição inferior. E o mesmo vale para
o dia à dia se você veste uma roupa muito curta vai ser sempre a mulher que está pedindo
pra ser violentada e não o homem por ter invadido o espaço da mulher.
E eu acredito muito em uma das soluções que a autora dá de que o feminismo tem que ser
algo desenvolvido tanto para meninos como para meninas desde criança os pais e
educadores já tem que mostrar o valor de respeitar o outro por que senão a gente vai ficar
nesse eterno jogo de sinuca de ver o feminismo somente por um ângulo machista.
Gostei muito da forma com que a autora aborda os fatos da sua clareza de pensamento e
já coloquei outras publicações dela na listinha de próximas leituras.
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